24 de julho de 2012

Someone like you ...


Eu li em algum lugar que é muito mais fácil escrever sob fortes emoções, principalmente sob as emoçõs mais tristes. Não sei, mas talvez seja isso... Faço um belo trabalho escrevendo sobre coisas ruins, mas para as boas sempre, SEMPRE me faltam palavras pra descrever.
Por diversas vezes, eu me pego lendo esse blog de um modo narcisista demais, achando que tudo que escrevo aqui é muito lindo... ou então muito estúpido. E também existem milhares de vezes que quero escrever algo, mas a bendita falta de tempo me impede. E em diversos momentos me pego viajando em pensamentos, eu tenho planos, muitos deles, coisas simples como revelar uma foto, e até os mais complexos com uma viagem à Tailândia.
Passou o dia dos namorados, o dia do homem, do amigo e eu não disse nada. Acho que já tava na hora de criar um post com tudo isso aqui...
Quando eu tinha 17 anos e não era ninguém, passava boas horas escrevendo, e numa dessas eu fiz um pedido. Eu queria alguém que tivesse a mesma paixão que eu tenho por tudo. Que se jogasse em moshs da vida e fosse um nerd timido ao mesmo tempo. Como no filme “Da Magia à Sedução”, (Pratical Magic, 1990), eu fiz meu pedido e joguei meus desejos ao vento, para que ele chegasse naquele que se encaixava nos meus critérios. 
Demorou sabe ? Mas pacientemente (ou não) eu esperei, e mal sabia que esperavam por mim em algum lugar. Sempre tão perto, sempre tão longe. Foram diversos encontros, e mais desencontros ainda...   
Mas eu esperei por ele, e ele veio. Quase igual eu disse no post "De todo meu coração"... Ele veio de jeans e tênis e esteve parado do meu lado por muito tempo, esperando... silenciosamente...
E como a cicatriz ardente de Harry Potter, eu sabia que o dia estava chegando. E quando a chuvosa e estranha noite me trouxe a suspresa, eu descobri que seria assim, SEMPRE.
E de alguns meses pra cá eu sinto uma paz dentro de mim que me protege, me acalma.
O dia de hoje foi uma merda, tudo começou a dar errado logo cedo, e minha paciência já estava esgotada as 10h da manhã. Se eu não tivesse alguém para colocar juízo na minha cabeça, me manter na linha e me fazer acreditar que estou fazendo o que é certo. Por zilhões de vezes, escuto sua voz na minha cabaça, como se fosse minha consciência dizendo o que não ou não fazer. E ela me leva sempre a resposta certa.

Não sei mais andar por aí sozinha, não sei como é acordar e não pensar em ninguém... Mas eu sei como quero que seja o resto da minha. Com o meu alguém que me entende, me escuta, me dá conselhos, e me faz rir... com o meu melhor amigo, o meu Rick <3 

"I will always love you, however long I stay, I will always love you, whatever words I say, I will always love you..."

9 de maio de 2012

Dasabafos, ou não.


Isso era pra ser um simples post de bom dia no facebook, ou talvez um "A juventude está perdida" no twitter, mas a situação desencadeou outros pensamentos que estavam adormecidos aqui. Ultimamente ando meio esgotada e atolada com tudo, preocupação com a faculdade, com o trabalho e medo que tudo isso afete o lado "bom" da Aline, o lado feliz.
Todos os dias eu acordo atrasada, pego metrô lotado e vou parecendo um zumbi para o trabalho, mas hoje no meio do caminho me dei conta de uma coisa simples: eu preciso trabalhar MUITO e comprar um carro logo, ou o mais viável, fones de ouvido mais potentes do que os meus. 
Eram três garotas, um pouco mais novas do que eu, talvez um três ou quatro anos a menos, o que faz muita diferença hoje em dia. Estavam falando sobre a vida, sobre relacionamentos e tudo mais que se fala quando se tem essa idade (eu falo nisso até hoje). O que me chamou a atenção foi quando uma delas disse: "O amor é foda" e eu pensei "Por que?". Logo depois perdi o foco da conversa delas, pois o metrô me fez o favor de empacar no meio do túnel e isso me dá pânico desde os 17 anos quando tive minha síndrome. Quando voltei, já estavam falando de outra coisa. Eis então, a pérola: "...o dia que bati naquela mina no Nação?". Foi o que me fez olhar direito pra ela, era o tipo de menina da qual existe muitas por aí, aquelas que usam os óculos espelhados da Oakley, se maquiam de uma maneira porca e se gabam de sair na porrada com qualquer "mina" em tudo quanto é porta da balada; muitas vezes por um cara que não merece nada e que sem dúvidas irá terminar a noite com uma terceira. Além de ser humilhante, é vergonhoso. Alheiamente vergonhoso. Fico imaginando o que mais deve acontecer nesse meio. Existe uma diferença naquilo que eu chamo de "música pancadaria" e ao conhecido pancadão. A garotas do metrô passam os finais de semana descendo até o chão e roçando em pessoas que nunca viram antes. Enquanto eu passo os meus sábados me entupindo pizza, sorvete e assistindo a filmes de menininha com o homem que faz parte da minha vida há quatro anos.
Tudo bem, eu sei que não sou o exemplo de garota perfeita, minhas notas não são as melhores, tem dia que não passo uma escova no cabelo e uso roupas coloridas (como a blusa de coração que está e esquentando hoje). Mas o que me preocupa não é a parte estética, ou a vaidade das pessoas, e sim onde elas irão parar... Talvez o que mais me assuste, é imaginar que as crianças que eu vi/estou vendo crescer (uma delas a menos de um ano), e que pra mim serão crianças pra sempre se desviem nesse caminho tortuoso. Mas graças à dedicação de bons pais, acho muito difícil que isso aconteça. Fico pensando também, no que pode vir daqui pra frente. Eu cresci brincando de amarelinha, andando de bicicleta e assistindo Pernalonga. Hoje, a molecada cresce preso em casa, devido ao pais que trabalham demais, assistem Ben 10 e matam 100 negos por dia no Call of Duty.
Bom, sejam lá quantos estejam lendo isso agora e talvez fiquem pensando o quanto eu sou preconceituosa com as pessoas que nem conheço, só um aviso: eu não tenho preconceito com as pessoas em si, e sim com o tipo delas. Não é a vida que aquela garota leva mas sim o que ela faz, se humilhar diante das pessoas e se gabar por fazer algo que poucos trouxas de mente pequena acham que é bonito. O que falta nesse país, ou talvez nesse mundo porque gente torta não existe só no Brasil, é um pouco de vergonha na cara. Talvez da própria mídia, ou seja lá quem for. Antigamente, quantos num foram presos por querer dizer a verdade, por protestar contra algo que estava errado? Hoje, essa censura deveria existir àqueles que induzem as pessoas a usarem drogas, matar, bater em mulheres e coisas do gênero. Mas como sou uma só, as coisas não mudam com um simples blog malfeito.

Enfim, hoje é um dia comum. Isso quer dizer que tenho duas matérias, uma entrevista, um capítulo de TCC pra corrigir e muitas outras coisas a fazer.


Bom dia.

14 de novembro de 2011

Nas Ondas do Rádio

Nunca fui muito de seguir a risca todas as dicas bibliográficas ou cinematográficas que meus professores passavam. Ou a sugestão não me agradava, ou eu simplesmente esquecia de procurar mais a respeito. Há quase um ano, meu professor de radiojornalismo disse "assistam 'A Era do Rádio' de Woody Allen". Confesso que anotei no caderno, mas não dei muita importância no momento. Meses depois comecei a trabalhar com filmes clássicos e o "poder" de ter fácil acesso a boas produções me subiu ao sangue. Enfim, hoje vou dissertar sobre esse filme do mestre Allen.
A produção é do ano de 1987, porém a história se passa no início da Segunda Guerra Mundial. Narrada e dirigida pelo próprio Allen, este não conta com a sua participação física. Já vi muita gente dizer que seus roteiros e produções são meio crus... Discordo totalmente. A Era do Rádio entrou na minha lista dos 10 + . Adoro as narrativas eufóricas que Allen faz durante o filme. Contando a história de seu personagem Joe que viveu as primeiras emoções causadas por aquela caixa falante.
Não se trata apenas de um roteirinho criado para entreter quem o assiste. Muito do que está ali, foi tema de longas aulas sobre a historia do rádio. Como o momento do Guerra dos Mundos de Orson Welles, as radionovelas e as cantoras do rádio. E isso inclui até Carmem Miranda na trilha sonora! E pra descontrair, temos claro, as confusões de uma grande família feliz (ou não).
O elenco inclui amada Mia Farrow - que participou de inúmeras produções do americano, Diane Keaton - que também esteve em Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, Jeff Daniels - famoso por Debi & Lóide, que terá mais uma versão em 2012, entre outros. 
O que eu mais gosto nos filmes do baixinho de óculos é que eles sempre me deixam feliz, ou me fazem parar pra pensar sobre a vida; não de um modo deprimido, mas de uma maneira saudável.


Enfim, "assistam 'A Era do Rádio' de Woody Allen" ótima opção pra quem gosta de rádio, música e bons filmes.

Até mais ;)

10 de julho de 2011

Dançando com Marlon Brando

A intenção inicial era relacionar Alfred Hithcock ao meu fim de semana, porém, mudei de ideia. 
Então, vamos falar de Marlon Brando e "O Ultimo Tango em Paris", filme de 1972 dirigido por Bernardo Bertolucci. Boa fotografia; uma cena extremamente escura seguida por uma bem iluminada. Ótima atuação de Brando nos momentos em que explodia e depois permanecia em um silêncio absurdo. Ou no monólogo sobre um cachorro. E claro, temos Maria Schneider e toda a sua paixão, obsessão e indecisão.
Certo, o roteiro: admito que esperava um pouco mais, não sei porque. O casal se conhece ocasionalmente em um apartamento que ambos pretendem alugar. Ela, uma jovem parisiense cheia de alegria e "livre" e ele, um americano de meia idade sofrendo o recente suicídio de sua mulher. Ali mesmo, nesse primeiro "encontro", nasce entre eles uma atração física e logo resolvem usar o apartamento apenas para manterem suas relações sexuais. A única regra é não mencionar nada de suas vidas particulares nem mesmo seus nomes. Porém, com o passar dos encontros, Jeanne (Schneider) se envolve emocionalmente. 
Em vários momentos, Paul (Brando) é um completo "velho tarado". Mas em outras tomadas, chega a ser sensível. E talvez tenha sido isso que me prendeu na frente da tela; a curiosidade em saber até onde chegaria esse "romance". Algumas cenas e também alguns diálogos são um pouco fortes, como o que procede o momento em que Paul pede a garota que corte as unhas da mão. Aí, ambos são pesados para assistir numa doce tarde de sábado, como foi o meu caso.
Contudo, o final me pegou distraída e ainda inebriada com a cena do casal bêbado em um salão onde acontecia um concurso de tango. Após alguns desencontros, Paul decide recomeçar a história com sonoros "Eu te amo" e contando toda a sua vida. Isso assusta Jeanne que termina o romance e foge do amado. E então temos aí um final que merece ser assistido diversas vezes, apenas pela atuação muda de Brando.
Apesar de o filme não ter ficado na minha lista de os 10 mais (que já está em 15) eu recomendo, por ser Brando, por ser Paris, e por ter frases como "Envelhecer é um crime". 

Vamos ser crianças e brincar de adultos ! 
Até breve :) 

6 de julho de 2011

Filme: Os Reis do Iê Iê Iê (1964)

Vamos começar com um clássico. Ok, por que Beatles ? Porque consigo contar nos dedos as pessoas que conheço que não gostam deles, ou resistam a tentação de balançar a cabeça e cantar junto quando ouvem canções como "She Loves You" ou "All My Loving". Enfim... Filmes em preto e branco fizeram a história do cinema, porém a partir da década de 50 - se não estou enganada - as cores ja davam vida às telonas. Foi escolha escolha do diretor Richard Lester fazer o filme as antigas. Ao meu ver, temos aí um puta golpe genial. O longa começa com os 4 Beatles fugindo de uma manada fãs enlouquecidos - e um pouco exagerada - ao som da música que dá nome ao filme ("A Hard Day's Night", na versão original). Em vários momentos perdemos Paul de vista mas todos se encontram sãos e salvos logo após, no trem. Algumas cenas, de tão perfeitas me fizeram pausar o vídeo e questionar se aquilo havia sido improvisado ou ensaiado. Como a sequência de Ringo perambulando pelas ruas com uma câmera fotográfica nas mãos até acabar preso por vagabundagem; ou dos quatro brincalhões festejando a liberdade num campo ao som de "Can't Buy Me Love" e fugindo da polícia com a mesma música de fundo. Como todo musical, acaba com a grande apresentação. Mas eu gosto mesmo é de um dos ensaios: quando todos eles se juntam e tocam "I'm Happy Just To Dance With You" frente a frente, se olham com aquele ar de riso que diz "É, nós gostamos mesmo de fazer isso juntos". Triste pra quem viu a banda acabar pouco depois. Aprendi a gostar de Beatles com meu pai e meu tio avô, há muito tempo. Não sei, mas as vezes tenho a sensação de que as melhores lições aprendemos mais jovens do que imaginamos... 
Por hoje é só, no próximo post vou escolher algum da minha lista de diretores. 
Até mais =)