9 de maio de 2012

Dasabafos, ou não.


Isso era pra ser um simples post de bom dia no facebook, ou talvez um "A juventude está perdida" no twitter, mas a situação desencadeou outros pensamentos que estavam adormecidos aqui. Ultimamente ando meio esgotada e atolada com tudo, preocupação com a faculdade, com o trabalho e medo que tudo isso afete o lado "bom" da Aline, o lado feliz.
Todos os dias eu acordo atrasada, pego metrô lotado e vou parecendo um zumbi para o trabalho, mas hoje no meio do caminho me dei conta de uma coisa simples: eu preciso trabalhar MUITO e comprar um carro logo, ou o mais viável, fones de ouvido mais potentes do que os meus. 
Eram três garotas, um pouco mais novas do que eu, talvez um três ou quatro anos a menos, o que faz muita diferença hoje em dia. Estavam falando sobre a vida, sobre relacionamentos e tudo mais que se fala quando se tem essa idade (eu falo nisso até hoje). O que me chamou a atenção foi quando uma delas disse: "O amor é foda" e eu pensei "Por que?". Logo depois perdi o foco da conversa delas, pois o metrô me fez o favor de empacar no meio do túnel e isso me dá pânico desde os 17 anos quando tive minha síndrome. Quando voltei, já estavam falando de outra coisa. Eis então, a pérola: "...o dia que bati naquela mina no Nação?". Foi o que me fez olhar direito pra ela, era o tipo de menina da qual existe muitas por aí, aquelas que usam os óculos espelhados da Oakley, se maquiam de uma maneira porca e se gabam de sair na porrada com qualquer "mina" em tudo quanto é porta da balada; muitas vezes por um cara que não merece nada e que sem dúvidas irá terminar a noite com uma terceira. Além de ser humilhante, é vergonhoso. Alheiamente vergonhoso. Fico imaginando o que mais deve acontecer nesse meio. Existe uma diferença naquilo que eu chamo de "música pancadaria" e ao conhecido pancadão. A garotas do metrô passam os finais de semana descendo até o chão e roçando em pessoas que nunca viram antes. Enquanto eu passo os meus sábados me entupindo pizza, sorvete e assistindo a filmes de menininha com o homem que faz parte da minha vida há quatro anos.
Tudo bem, eu sei que não sou o exemplo de garota perfeita, minhas notas não são as melhores, tem dia que não passo uma escova no cabelo e uso roupas coloridas (como a blusa de coração que está e esquentando hoje). Mas o que me preocupa não é a parte estética, ou a vaidade das pessoas, e sim onde elas irão parar... Talvez o que mais me assuste, é imaginar que as crianças que eu vi/estou vendo crescer (uma delas a menos de um ano), e que pra mim serão crianças pra sempre se desviem nesse caminho tortuoso. Mas graças à dedicação de bons pais, acho muito difícil que isso aconteça. Fico pensando também, no que pode vir daqui pra frente. Eu cresci brincando de amarelinha, andando de bicicleta e assistindo Pernalonga. Hoje, a molecada cresce preso em casa, devido ao pais que trabalham demais, assistem Ben 10 e matam 100 negos por dia no Call of Duty.
Bom, sejam lá quantos estejam lendo isso agora e talvez fiquem pensando o quanto eu sou preconceituosa com as pessoas que nem conheço, só um aviso: eu não tenho preconceito com as pessoas em si, e sim com o tipo delas. Não é a vida que aquela garota leva mas sim o que ela faz, se humilhar diante das pessoas e se gabar por fazer algo que poucos trouxas de mente pequena acham que é bonito. O que falta nesse país, ou talvez nesse mundo porque gente torta não existe só no Brasil, é um pouco de vergonha na cara. Talvez da própria mídia, ou seja lá quem for. Antigamente, quantos num foram presos por querer dizer a verdade, por protestar contra algo que estava errado? Hoje, essa censura deveria existir àqueles que induzem as pessoas a usarem drogas, matar, bater em mulheres e coisas do gênero. Mas como sou uma só, as coisas não mudam com um simples blog malfeito.

Enfim, hoje é um dia comum. Isso quer dizer que tenho duas matérias, uma entrevista, um capítulo de TCC pra corrigir e muitas outras coisas a fazer.


Bom dia.

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