14 de novembro de 2011

Nas Ondas do Rádio

Nunca fui muito de seguir a risca todas as dicas bibliográficas ou cinematográficas que meus professores passavam. Ou a sugestão não me agradava, ou eu simplesmente esquecia de procurar mais a respeito. Há quase um ano, meu professor de radiojornalismo disse "assistam 'A Era do Rádio' de Woody Allen". Confesso que anotei no caderno, mas não dei muita importância no momento. Meses depois comecei a trabalhar com filmes clássicos e o "poder" de ter fácil acesso a boas produções me subiu ao sangue. Enfim, hoje vou dissertar sobre esse filme do mestre Allen.
A produção é do ano de 1987, porém a história se passa no início da Segunda Guerra Mundial. Narrada e dirigida pelo próprio Allen, este não conta com a sua participação física. Já vi muita gente dizer que seus roteiros e produções são meio crus... Discordo totalmente. A Era do Rádio entrou na minha lista dos 10 + . Adoro as narrativas eufóricas que Allen faz durante o filme. Contando a história de seu personagem Joe que viveu as primeiras emoções causadas por aquela caixa falante.
Não se trata apenas de um roteirinho criado para entreter quem o assiste. Muito do que está ali, foi tema de longas aulas sobre a historia do rádio. Como o momento do Guerra dos Mundos de Orson Welles, as radionovelas e as cantoras do rádio. E isso inclui até Carmem Miranda na trilha sonora! E pra descontrair, temos claro, as confusões de uma grande família feliz (ou não).
O elenco inclui amada Mia Farrow - que participou de inúmeras produções do americano, Diane Keaton - que também esteve em Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, Jeff Daniels - famoso por Debi & Lóide, que terá mais uma versão em 2012, entre outros. 
O que eu mais gosto nos filmes do baixinho de óculos é que eles sempre me deixam feliz, ou me fazem parar pra pensar sobre a vida; não de um modo deprimido, mas de uma maneira saudável.


Enfim, "assistam 'A Era do Rádio' de Woody Allen" ótima opção pra quem gosta de rádio, música e bons filmes.

Até mais ;)

10 de julho de 2011

Dançando com Marlon Brando

A intenção inicial era relacionar Alfred Hithcock ao meu fim de semana, porém, mudei de ideia. 
Então, vamos falar de Marlon Brando e "O Ultimo Tango em Paris", filme de 1972 dirigido por Bernardo Bertolucci. Boa fotografia; uma cena extremamente escura seguida por uma bem iluminada. Ótima atuação de Brando nos momentos em que explodia e depois permanecia em um silêncio absurdo. Ou no monólogo sobre um cachorro. E claro, temos Maria Schneider e toda a sua paixão, obsessão e indecisão.
Certo, o roteiro: admito que esperava um pouco mais, não sei porque. O casal se conhece ocasionalmente em um apartamento que ambos pretendem alugar. Ela, uma jovem parisiense cheia de alegria e "livre" e ele, um americano de meia idade sofrendo o recente suicídio de sua mulher. Ali mesmo, nesse primeiro "encontro", nasce entre eles uma atração física e logo resolvem usar o apartamento apenas para manterem suas relações sexuais. A única regra é não mencionar nada de suas vidas particulares nem mesmo seus nomes. Porém, com o passar dos encontros, Jeanne (Schneider) se envolve emocionalmente. 
Em vários momentos, Paul (Brando) é um completo "velho tarado". Mas em outras tomadas, chega a ser sensível. E talvez tenha sido isso que me prendeu na frente da tela; a curiosidade em saber até onde chegaria esse "romance". Algumas cenas e também alguns diálogos são um pouco fortes, como o que procede o momento em que Paul pede a garota que corte as unhas da mão. Aí, ambos são pesados para assistir numa doce tarde de sábado, como foi o meu caso.
Contudo, o final me pegou distraída e ainda inebriada com a cena do casal bêbado em um salão onde acontecia um concurso de tango. Após alguns desencontros, Paul decide recomeçar a história com sonoros "Eu te amo" e contando toda a sua vida. Isso assusta Jeanne que termina o romance e foge do amado. E então temos aí um final que merece ser assistido diversas vezes, apenas pela atuação muda de Brando.
Apesar de o filme não ter ficado na minha lista de os 10 mais (que já está em 15) eu recomendo, por ser Brando, por ser Paris, e por ter frases como "Envelhecer é um crime". 

Vamos ser crianças e brincar de adultos ! 
Até breve :) 

6 de julho de 2011

Filme: Os Reis do Iê Iê Iê (1964)

Vamos começar com um clássico. Ok, por que Beatles ? Porque consigo contar nos dedos as pessoas que conheço que não gostam deles, ou resistam a tentação de balançar a cabeça e cantar junto quando ouvem canções como "She Loves You" ou "All My Loving". Enfim... Filmes em preto e branco fizeram a história do cinema, porém a partir da década de 50 - se não estou enganada - as cores ja davam vida às telonas. Foi escolha escolha do diretor Richard Lester fazer o filme as antigas. Ao meu ver, temos aí um puta golpe genial. O longa começa com os 4 Beatles fugindo de uma manada fãs enlouquecidos - e um pouco exagerada - ao som da música que dá nome ao filme ("A Hard Day's Night", na versão original). Em vários momentos perdemos Paul de vista mas todos se encontram sãos e salvos logo após, no trem. Algumas cenas, de tão perfeitas me fizeram pausar o vídeo e questionar se aquilo havia sido improvisado ou ensaiado. Como a sequência de Ringo perambulando pelas ruas com uma câmera fotográfica nas mãos até acabar preso por vagabundagem; ou dos quatro brincalhões festejando a liberdade num campo ao som de "Can't Buy Me Love" e fugindo da polícia com a mesma música de fundo. Como todo musical, acaba com a grande apresentação. Mas eu gosto mesmo é de um dos ensaios: quando todos eles se juntam e tocam "I'm Happy Just To Dance With You" frente a frente, se olham com aquele ar de riso que diz "É, nós gostamos mesmo de fazer isso juntos". Triste pra quem viu a banda acabar pouco depois. Aprendi a gostar de Beatles com meu pai e meu tio avô, há muito tempo. Não sei, mas as vezes tenho a sensação de que as melhores lições aprendemos mais jovens do que imaginamos... 
Por hoje é só, no próximo post vou escolher algum da minha lista de diretores. 
Até mais =)

5 de julho de 2011

Reformas


Após uma ausência muito bem justificada, estou de volta! Em uma angustia absurda de mudar as coisas.
Andei muito por ai observando todo tipo de gente que encontrei pelo caminho; mais do que reparar nelas, é olhar o que las fazem e como fazem. Vi que nunca encontro alguém lendo um livro que eu já li (sempre há pessoas lendo coisas como "A Cabana" e nunca leem Dostoiévski), ou estão comentando sobre novela ou do novo filme daquele mega astro global absurdamente lindo, mas nunca sobre o documentário fodido que ganhou o Oscar. Até as Tvs nos ônibus passam compactos de novelas no lugar de passar informação para quem não tem muito tempo, como se vê no metrô. Então eu sempre me pergunto a mesma coisa: eu que sou diferente, ou todo mundo que é igual?
Independente da resposta eu resolvi mudar esse blog de "Meu querido diário.." para algo construtivo como "Veja isso". Mais digno de quem faz Jornalismo e vai ser formar em pouco mais de um ano.
A ideia inicial é escrever sobre aquilo que eu acho que entendo para quem quer que seja. Um primeiro texto já está em edição, aguardem novidades logo menos.
Leiam jornal, crianças ;)

19 de abril de 2011

Faça um pedido


Em poucas horas a pessoa que vos escreve ficará mais velha. E todo ano sempre acontece alguma coisa que me deixa triste ou estraga meus planos. Antigamente tinha uma certa ansiedade que tomava conta de mim nesses dias. Mas acho que a "idade" e tudo mais fizeram essa euforia se perder.
Enfrentei alguns extremos desde o meu ultimo outono, ou tudo estava lindamente colorido, ou mais branco e vazio que uma folha sulfite. Mas nos últimos meses o que mais procuro é o equilibro, ou o famoso "caminho para felicidade". 
De uns dias pra cá, percebi o quanto essa busca é complicada - lembro de já ter comentado aqui, que me "encontrava sem procurar". Pois é, me perdi nesse meio. E por muito tempo achei que essa busca pertencia apenas a mim, mas vi que não posso trilhar todos os meus caminhos sozinha. E depois de algum tempo ignorando isso, percebi que algumas coisas sobre mim mesma, são mais fáceis de entender se olhar pelos olhos de outra pessoa. E que é preciso sim, ouvir, falar, considerar algumas opiniões; saber abrir mão por mim, e quando necessário, pelos outros. Mas uma voz dentro de mim começou a gritar: "Quando parar de procurar, você vai encontrar!"
Todos os anos eu esqueço de fazer aquele pedido na hora certa, desta vez antes de assoprar as velinhas, preciso me lembrar de ter paciência para ouvir mais e falar menos; descobrir o que eu realmente quero para essa vida e que não seja muito tarde para que eu possa aproveitar; de apreciar mais os sorrisos de quem amo, e dar abraços mais apertados; tomar um porre por ano, porque eu sou feliz, festejar tudo completamente e encontrar alguém que me mostre o caminho para a felicidade. Mas caso essa pessoa não apareça, que eu consiga encontrar meu caminho sozinha e não seja menos feliz por isso. 

"Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade" - Carlos Drummond de Andrade
   
Parabéns pra mim.



11 de abril de 2011

Infernos


Estou num momento que muitas daquelas crenças que eu sempre desprezei começam a derrubar as minhas portas. Merda! E hoje cai na tentação - depois de muita insistência -  de pesquisar o que é Inferno e Paraíso Astral. Sim, gastei meu tempo fazendo isso. Sempre acreditei em Numerologia mas Astrologia nunca foi meu forte, enfim, hora de mudar.
Estou no meu Inferno Astral e pelas minhas contas, permanecerei "quente", até o dia 20 o/. Mas ta aí, que raios é isso e por que ele afeta tanto o humor?
Pelo que entendi ele marca o final de um ciclo e o inicio de outro, que seria a "troca" para uma nova idade. É um momento para repensar o que foi feito desse ultimo ano e se preparar para o que está por vir, de se doar mais para os bens coletivos e não apenas para o próprio umbigo. E toda essa vontade de fazer mais, ou não saber o que fazer, e as angústias de como tudo vai proceder daqui pra frente, causa uma certa depressão e irritação. 
Ok, é isso então ? Meu inferno esse ano se manifestou que foi uma loucura, e meu paraíso ano passado, foi mesmo um paraíso.
Esse inferno está com os dias contados para acabar e chegarei no paraíso só em setembro. Dai eu me pergunto; que diabos farei até lá? Mas a resposta é quase tão obvia quanto a pergunta. 
Continuarei fingindo que esta merda não existe. 

Boa tarde.

AC/DC - Highway To Hell 

5 de abril de 2011

Sonhe, apenas sonhe.


Quando eu era pequena, tinha uma visão totalmente ilusória do que seria maturidade. Crescer é tão fácil que faz parecer que tudo será colorido para sempre - bom, hoje em dia é né, mas agradeço por não ter existido Restart na minha infância.
Aos dez anos, acreditava que aos 22 seria uma veterinária casada com dois filhos e três cachorros. Aos 15 resolvi que seria uma advogada impiedosa e independente; e tenho que falar: cheguei a dedicar boas horas do meu tempo lendo o código penal, só pra adiantar as coisas. Aos 17 resolvi que seria jornalista, e minha ambição era assumir o posto de Marcos Losekann quando ele se aposentasse - ainda está em tempo, mas a ambição já é outra. Mas aos 20, eu percebi que gosto mais de gente morta do que viva... Ok, CSI mexeu um pouco com a minha mente, mas de fato eu gosto de Ciência Forense e pretendo estudá-la um dia mesmo que seja por diversão. Agora a beira dos 21 resolvi que vou fazer História (sim acredite, eu vou) assim que terminar Comunicação.
Em alguns momentos eu num tenho certeza nem do que quero para o jantar, mas quando era criança sabia exatamente onde e quando queria fazer tais coisas, e de fato as fazia. Agora eu me pergunto: pra onde foi toda essa garra ? Acho que o tempo e as responsabilidades fazem com que a gente se esqueça de sonhar, de acreditar, de ter fé. 
Eu me via com dez quilos a menos, 20 centímetros a mais, um sorriso estonteante e cabelo (ao natural) na cintura! Sonhava em fazer todos os tipos de coisas, de tocar "Hotel California" no violão e aulas de teatro, à atirar e aprender kung fu. A ultima vez que peguei no violão, arregacei com as cordas e estou enrolando o teatro há um mês. Do jeito que sou desastrada posso atirar em mim mesma, mas ainda considero o kung fu. Amava o campo por não conhecer a praia nem o agito da metrópole onde morava. Hoje em dia, não há um fim de semana que passe em casa, a noite me chama e sou 'obrigada' a atender. Gosto do inverno no campo, de não ter sinal no celular as vezes e o som do mar parece me levar a outro mundo. Eu desisti da veterinária faz tempo, com certeza não estarei casada aos 22 porque aos 16 descobri que isso era besteira, mas tenho três gatas gordas e preguiçosas igual a dona! Uma delas é meio nazista, mas isto é um caso a parte. 
Tem aquelas horas que quero estar rodeada de pessoas, todas elas, e cada uma dizendo o quanto eu sou importante e especial. Em outras horas, quero morrer se alguém disser que estou bonita ou algo do tipo. Isso é terrível, mas também não é a questão do momento.
Nos dias atuais é muito difícil manter o foco; o mundo muda, as pessoas mudam, as necessidades, os desejos, tudo é passageiro. Eu realmente espero conseguir fazer tudo que tenho vontade, e as vontades que ainda virão daqui pra frente. E mesmo que fique velha para o kung fu, talvez não fique tão velha assim para o violão. Mesmo que esses desejos algum dia desapareçam, outros virão.
O que importa não é o quanto se deixa para trás, é manter essa inocência e acreditar que dá para mudar o mundo plantando uma árvore. É não desistir de tudo e sair por aí levianamente e sem destino. Algumas pessoas se perdem quando seus sonhos são roubados, outras tentam se perder mas têm medo, e outras, mais sábias, tiram disso a oportunidade parar criar novos sonhos, novas metas, novas compensações. 
Essa é a chave, acredite. 

20 de março de 2011

Have fun, baby !


Estive calada por uns tempos. Tomando um ar fresco bem longe de casa, revendo meus conceitos sobre a minha vida e tudo que eu tenho feito até aqui. Tentei me desligar de tudo, de todos, não pensar em nada que me preocupasse e realmente funcionou! Voltei mais leve e confiante do que nunca. Como se tivesse acordado daquele sono de 100 anos, sem príncipe e mais feliz por estar exatamente assim. 
Nesses momentos de reflexão ou de "busca por mim", mais uma vez percebi que paciência é a chave de tudo. Todos têm seu tempo, seu ritimo, e apressar a si mesmo e aos outros não leva a nenhuma solução concreta. 
Me dei conta que passei muito tempo reclamando de algumas coisas e aproveitando outras pela metade simplesmente porque não achava que eram devidamente corretas. E então depois de uma pergunta inocente no meio de uma noite chuvosa e alcóolica ("Já achou o que procura para a sua vida?"), percebi que perdi muito tempo com todos esses conceitos que todo mundo quer seguir. E comecei a ver que me jogar em tudo como se fosse a última hora da minha vida, a última oportunidade de fazer merda, curtir e falar "Eu fiz!", torna tudo muito mais interessante.  
Mesmo quando chega aquelas situações em que já não tenho mais certeza de quem sou ou das minhas limitações, eu me jogo. Certamente não se tem muito o que perder quando se entra sem nada, e tudo o que vier é lucro ou pelo menos aprendizado. Mesmo que o resultado não seja tudo aquilo, o que vale é tentar ... Claro que muitas coisas por aí não merecem tanta dedicação, é só saber equilibrar. Tudo tem seus prós e contras e algumas coisas não foram feitas para dar certo. 
E então, a minha resposta: No primeiro momento achei que ainda não sabia o que estava procurando, mas depois me dei conta que não existe exatamente uma busca, e sim um encontro. Um encontro de prazeres, sons, aromas, sentimentos que arrepiam a pele e frustações que fazem sorrir. Tudo isso resulta no que me faz bem, que me deixa feliz. Não existe uma busca pelo certo, pelo lucrativo... apenas vou para onde a maré me leva; e acabo encontrando sem procurar. 
Muita gente busca alegria, sucesso, eu encontrei paz de espírito. O que mais será que vem por aí? 

 Diversão ;) 

4 de março de 2011

Ultimato


Existe alguma tensão no ar que nos últimos dias fez meus nervos ficarem a flor da pele. Comigo mesma e com todo mundo. O único momento de paz era sozinha no meu quarto com as músicas que nem tem tanto significado, filmes sangrentos ou dramáticos demais e meu chocolate que me deixa cada vez mais redonda. Não sei... estou me sentindo meio velha, estressada, nervosa demais, depressiva demais, nerd demais, sóbria demais... Tudo eu protesto, tudo eu reclamo, tudo está ruim. E acho que essa postagem é meio que um envergonhado pedido de desculpa para todo mundo que tem sofrido as consequências da minha existência essa semana.
Algo me diz que há meses minha cabeça num sabe o que é ficar vazia, pois quando um problema se vai, aparece outro. E nos meus poucos momentos de felicidade eu quero fazer mil coisas ao mesmo tempo, de plantar uma àrvore a "dispirocar na noite" como diria minha avó. Mas então a vozinha na minha mente, que tem sido minha melhor amiga, me diz: "Relaxa mulher, tudo vai acabar bem se começar bem." Começo tudo de novo e sem nunca chegar no final, eu tenho seguido, agora sim, aos tropeços...
O que me conforta é saber que tem uma esteira me esperando à beira mar. Longe de tudo que tem me irritado, de todos que eu tenho irritado, longe até mesmo de mim; desse meu lado que me incomoda. Esse meu eu que não me pertence, que não deveria se manifestar nunca. 
É Carnaval, tem muita gente pegando a estrada para dançar, se divertir, beber e transar com o primeiro que aparecer. Eu que nunca fui muito fã disso tudo, estou fugindo dessa bagunça: ao invés de transloucar, vou buscar minha sanidade, trazê-la de volta com segurança e tratar de não perder mais. Vou relaxar, deixar para trás toda essa ansiedade, esses conflitos... Ou simplesmente estou fugindo para largar tudo isso pelo caminho, sem ter que me lembrar exatamente onde eu deixei, para não cair na tentação de resgatar tudo em breve. Agora, está mais do que na hora de por um fim em todas essas bichices e frescuras que se apoderaram do meu ser. E quando voltar, tudo estará de volta ao seu lugar, de onde não deveria ter saído.


Até breve !

22 de fevereiro de 2011

Vitrù


O ser humano é dotado de virtudes duvidosas. Algumas pelas das quais são incompreendidas, pois o que é direito e bonito para um nem sempre é visto da mesma maneira pelo outro.
Eu me pergunto todos os dias se sou uma pessoa virtuosa. Mas antes disso, a pergunta mais importante: o que de fato é virtude? É ser educado, ter um bom caráter, o dom do perdão, fazer apenas o que está dentro da lei? Cultivar uma família e contatos do "bem", pagar as contas em dia, ir a Igreja?
Isso tudo é relatvo. Como já disse antes cada um vê as coisas por um ângulo diferente - as vezes o que mais lhe convém. Eu por exemplo, concordo com Maquiavel, que a virtude (virtù) está nas conquistas terrenas. Como se deixasse "para acertar as contas mais tarde". Por que praguejar um nome? Cantar aos quatro cantos que faz tudo em nome de Deus, porque Deus quer assim, porque é o certo. Mas o que é certo? Todos nós somos individuos compartilhando uma democracia, onde a maioria visa o próprio bem estar e poucos pensam na coletividade. E acho injusto afirmar que Maquiavel não era um "bom homem". São opiniões e personalidades diferentes. Só discordo com a ideia de "os fins justificam os meios". Acredito que o modo influencia muito mais do que o resultado final. Antes matar com um tiro no coração do que envenenado. O tiro pode doer mais, porém é rápido, evita todo o sofrimento caudado pelo veneno.
Talvez esteja passando a imagem de ser cética ou atéia. Talvez esteja apenas expressando opiniões exageradas. E talvez algum aspirante a filósofo/historiador/politico/padre esteja lendo e discordando totalmente, e isso poderia render horas de discussões sem chegar a nenhuma conclusão. 
Mas voltando à virtude, hoje fui questionada sobre um assunto pelo qual ainda não tinha pensado a respeito: o perdão. É um tema que agrega virtudes, valores e tudo mais. Acho que ainda não encontrei minha resposta. Alguns valores só vem à tona quando precisamos deles, e não em simples suposições. Eu não consigo imaginar minha reação em determinadas situações, pois como Maquiavel, olho o mundo como ele é e não como eu gostaria que fosse. Mesmo pensando superficialmente, quanto ao perdão, sei que o modo como as coisas acontecem sempre vai influenciar a minha decisão e sendo assim, o resultado final. Eu me conheço, sei que é preciso paciência, um pouco de fé nas pessoas e em mim mesma. Talvez isso seja valores, virtudes ou apenas umas qualidades que estou aperfeiçoando. 
Vai saber ...

17 de fevereiro de 2011

Evolução


As vezes no meio da aula ou durante o banho me pego pensando no que escrever aqui quando tiver tempo. Mas então, esse momento vem e toda a minha inspiração se vai. Acho que isso é um problema, ou talvez não esteja mais vendo esse blog como uma rota de fuga para os meus sentimentos... 
Tati Bernardi disse uma vez que: "Publicar um texto é um jeito educado de dizer 'me empresta seu peito porque a dor não está cabendo só no meu'." Não sei se já escrevi isso aqui, mas grosso modo é o que tenho feito nos últimos meses. Só que um dia nessa semana eu me dei conta que não existe mais uma dor para dividir. Ela simplesmente se foi e me perguntei como pude gastar tanto tempo com ela. Gastar e não perder. Porque de fato eu precisava senti-la para saber que é possivel, que ela existe. 
Faz parte da natureza humana sofrer a longo prazo por algo que não deveria ter tanto crédito. Assim como se fica dias falando da final do BBB ou da modelo/atriz/cantora que está grávida de um empresário casado. Parece que o importante é que todos saibam que sua vida não vai bem. Mais importante ainda do que se estivesse bem. 
Agora, me vejo caindo em contradição depois de publicar várias vezes que estava sentindo falta de algo, que havia perdido algo, ou simplesmente que não estava feliz. Não, eu me lembro de tudo isso e faço uma crítica a mim mesma neste momento. Não adianta ficar remoendo tudo de novo, de novo e de novo. As coisas vem e vão numa velocidade absurda que nem se percebe, apenas acontece. E quando você diz que não vai mais sofrer ou fazer sofrer, por exemplo, antes que possa notar, já está fazendo. E por mais que diga "Não, eu não me importo com isso.", pode ter certeza que se importa, só não quer admitir. Por orgulho, medo ou até mesmo vergonha.
Bom, eu sou assim... pelo menos era. Consegui deixar para trás essa muralha e me tornar um pouquinho mais humana. Ainda me vejo dizendo "Ah, nem ligo" mesmo "ligando", mas faz parte, ninguém é perfeito. Por outro lado, perdi a conta de quantas vezes nessas duas últimas semanas eu disse "Não, sou muito melhor que isso." em  situações que normalmente me deixariam em pânico ou no mínimo agitada e prestes a tomar providências desesperadas. Não que eu esteja relaxada e não faça mais nada que deve ser feito. Apenas estou sendo um pouco mais pragmática visando o resultado, e não atropelando tudo as pressas para mais tarde ter que consertar. 
Chega uma hora que a gente cresce e não precisa ficar se gabamdo porque a sua bicicleta é mais bonita que a do vizinho, ou que seu novo namorado é mais rico e atraente do que a nova do seu ex. Algumas coisas perdem a importância e é preciso saber deixá-las partir e abrir espaço para o que está por vir. 
Portanto, mesmo que o ser humano seja imutável aos olhos de uns; sábios são aqueles que vivem em constante evolução. Porque só assim é possivel perceber a beleza que existe ao redor, mesmo que as vezes ela se esconda. 

14 de fevereiro de 2011

Hommer

Ele era o meu Hommer. 
Tomava cerveja as 8 da manhã, onde encostava já dormia, reclamava de tudo, ria de tudo, era amigo de todos. Meu Hommer fazia de tudo que para que fosse uma garotinha perfeita. Pegava no pé, me fazia andar na linha, era ótimo em sermões sobre como a vida é muito mais complicada do que parece... Foi ele quem me fez ouvir Johnny Rivers e Kenny G. Que me fazia comer coisas que eu odiava - mas com ele eu comia. Ele que me mostrou que tudo é possivel, desde que eu acredite fielmente que seja. Também foi ele quem me fez ser "sociavel" com Deus e o mundo. E devo toodas as minhas amizades acidentais, porém muito bem sucedidas, a ele.
Inestimável é o tamanho da saudade que eu sinto. Da voz, do sorriso, do perfume, ou simplesmente quando ele me deixava sentar no seu colo e ouvir histórias. Bons tempos... Não há um dia que eu não sinta sua falta, que eu não me pegue perdida em pensamentos que me levem até ele e uma lágrima escorre involuntáriamente. Ou simplesmente aqueles dias em que tudo está perfeito, mas não tão perfeito porque ele não está lá, e nem vai estar... Mesmo que ele reclamasse e puxasse minha orelha quando alguma coisa saía do controle, ele era meu Hommer, só meu. E não há nada nem ninguém nesse mundo que mude isso e nem tape o buraco que ele deixou aqui.  

13 de fevereiro de 2011

Tudo Novo de Novo



Minha primeira semana de aula não me deixou tempo para sentar e escrever. Contudo, acumulei o suficiente (ounão) para este post. Estou sob o efeito de uma sexta animada e provavelmente essa publicação só sairá no sábado, ou no domingo. Enfim...
A semana de volta as aulas foi regada de emoção, alegria e um pouco da mesmisse de sempre. Logo no primeiro dia já passei por umas surpresas e sustos, mas faz parte. Claro que ainda num voltou tudo ao normal, ainda num vi muita gente de quem sinto falta, mas aproveitei muito mais das minhas aulas do que imaginava. Semana que vem acho que as coisas começam a andar de verdade. Tive a sensação de que faltava alguma coisa, mas não consegui achar o que. Lembro de ter comentado sobre um "semestre divertido", e sim, acho que vai rolar. Se todas as semanas forem no rítimo dessa, está ótimo. Bom, vamos ver.
No meio da semana, me vi chamando por um nome e me surpreendi por ele ter atendido tão rápido. E então, foi ai que eu percebi que por mais que tenha gritado à plenos pulmões que não queria isso pra mim tão cedo, estou me jogando de novo. Claro que com um pouco mais de cautela que o normal, mas estou indo, escorregando...
Depois que anos desprezando esse tipo de relação, tomei consciência que faz parte e talvez até seja um "mal necessário". É bom porque tras emoção a vida; nos deixa mais livres e confiantes, dá motivação e faz todos os problemas se tornarem apenas equações fáceis de resolver. Só é ruim quando se passa a viver em função de um coração que não bate em você, quando tudo só anda ou pára se o outro lado está feliz. Porém, é como eu disse, um pouco de cautela, paciência, juízo e menos alcool sempre ajudam.
Bom, os próximos dias tendem a ser meio sombrios. E talvez eu escreva todos os dias para dizer que estou "down" mas juro que tentarei não fazer isso. 

(...) 

3 de fevereiro de 2011

Acabou !


Fim das férias. Passou rápido, porque na verdade as minhas foram um pouco mais curtas do que eu planejei. Mas todo o "trabalho" ajudou a me distrair. Eu me perdi e me achei em muita coisa nesses quase dois meses, coisas que eu mesma não entendo e outras que entendo até demais. 
Agora, com aulas para recomeçar eu me vejo na expectativa de que esse será o melhor, porém mais trabalhoso semestre. Não sei por que, mas é a sensação que tenho. Logo menos vamos começar a trabalhar no TCC e algo me diz que passarei muito tempo me dedicando a isso, porque ainda não tenho noção do que vou fazer. Fora isso, sinto falta da euforia da minha turma; de chegar de mau humor e todos estarem felizes, ou chegar feliz e todos estarem de mau humor; sinto falta do Uno adulterado no intervalo - isso faz muito tempo; de tagarelar com Barbara e o Ricardo o tempo todo e claro, de fazer a minha famosa social todas as sextas. Enfim, quero muito voltar; tenho muita coisa em mente e preciso me ocupar com assuntos mais úteis.
Voltando as férias; dessa vez não aconteceu nada de extraordinário, como geralmente acontece. Eu não viagei e passei a maior parte dos meus dias se não com as crianças, sozinha andando por ai. Mas mesmo assim, estive em lugares onde eu nunca me vi, conheci pessoas que adicionaram muito na minha vida, mesmo que em pouco tempo. Fiz muito do que deveria ter feito pouco, e pouco do que deveria ter feito muito. Cometi umas gafes estúpidas demais, mas segundo Leonard Mlodinow "talvez tenhamos evoluido para evitar o primeiro erro ao custo de, às vezes, cometer o segundo." E assim, vou aprendendo aos tropeços como sempre. Mas não posso reclamar. Essas férias foram no mínimo, educativas. 
Um dia desses me peguei estarrada no meio quarto, cantando como se o mundo fosse acabar. Então eu percebi que muita coisa estava fora do lugar; coloquei em ordem em menos de duas horas. O problema, é que ainda tem muita coisa fora do lugar. Mas como diz a minha guru "com o tempo as coisas se resolvem". É, vamos ver... 
As crianças vão embora e nem quero pensar na falta que vou sentir. Não vou dizer que foi extremamente facil, nunca é. Mas sempre quando elas se vão, eu fico com a sensação que poderia ter feito mais. Acontece. 
Enfim, mesmo sabendo que muita coisa vai ser conturbada esse semestre, já me preprarei pra tirar umas folgas do universo. E caso não aconteça, tenho milhões de férias pela frente. E o que eu não fiz nessas, tenho a vida toda pra fazer. Sem pressa...

26 de janeiro de 2011

Reflexões


Outro dia de solidão. Sempre acontece quando tenho um dia cheio e rodeado de pessoas, é uma meneira de equilibrar as coisas eu acho. Hoje andei por ai, resolvi umas pendencias e coloquei outras em ordem. Gosto de andar sozinha por essa cidade; parece tão minha quando somos ela, a musica e eu. Sei lá, tomar um ar puro mesmo que isso seja quase impossivel por aqui... faz bem.
Tive tempo de repensar muitas atitudes dos últimos dias, principalmente as de ontem. Pela primeira vez em um mês, tive medo de estragar meu relacionamento com alguém por falar demais. Em partes isso é bom, meu coração ainda serve pra alguma coisa, ainda reage a alguma coisa. Está reagindo a ele. Percebi isso semanas depois, senti saudade (
mesmo não admitindo) e fiquei feliz quando o telefone tocou e era ele. Gosto de estar ali, frente a frente, ou lado a lado como ele prefere. E eu só percebo a "magia" de tudo isso quando ela se perde.
Talvez seja um pouco de receio de me jogar, aquele famoso receio que sempre me dominou. Mas por incrivel que pareça, me preocupo mais com quem está de fora. Tem sido assim ultimamente. Mas esse medo de me abrir, pelo menos por enquanto vai me dominar. E o meu dom de foder com tudo, ainda toma conta de mim...
Mas, eu não me desespero mais. E quando me dá os cinco minutos e quero resolver tudo as pressas, faço o que minha mais nova conselheira me recomendou: "Desligue o telefone, vá dormir, amanhã tudo se resolve."

Ok, então. Boa noite, leitores. 

24 de janeiro de 2011

Futuro


Uma vez me disseram que fazer planos é adiantar o futuro sem vivier o presente. Eu discordo. Prefiro saber o que me espera, me preparar pelo menos para aquilo que eu quero. E ainda assim, de última hora eu sempre acabo improvisando!
Mas agora tudo está diferente. Meus planos, a longo e a curto prazo já estão traçados, esquematizados e contabilizados. E mesmo planejando tudo, sei que o meu "tudo" vai me surpreender. Pois tudo que ainda estou por ver, é totalmente novo para mim, está fora de tudo que eu já fiz ou sonhei em fazer. Dessa vez não são só os planos que estão diferentes, eu estou diferente - e daqui pra frente tudo será diferente também e isso inclui mudar totalmente a minha rota de fuga. Agora mais do que nunca estou pronta para todas essas novidades. 
Peguei uns dias para pensar, longe de todas (ou quase todas) opiniões sobre a minha vida, e me decidi. Vi tudo ao meu redor ficar diferente, mas talvez seja eu mesma que mudei alguns detalhes do produto e outros na embalagem. Vi que não vale a pena ficar perdida num mundo vil, vendo todos os jogos acabarem da mesma maneira. Por isso, resolvi parar de jogar. Com os outros, mas principalmente comigo mesma. E sai por aí, colocando tudo às claras e ouvindo os conselhos da minha avó (só ouvindo porque alguns são impossiveis de seguir). 
Então, para me libertar - ou me prender de vez, eu vou voar. E já sei para onde e quando. É um voo fora do comum, mas eu vou. E se eu gostar de lá, talvez não volte. 

Minha amiga me acordou hoje, me perguntando se os sonhos dela significavam algum sinal. Se for assim, os meus significam que muuuita coisa vai mudar...

  
Fly Away From Here

19 de janeiro de 2011

De Todo Meu Coração


Um dia desses escrevi que estava de coração aberto, mas por algum motivo sinto que ele está se fechando.
Apesar de toda a agitação dos ultimos dias, tenho me sentido sozinha. E por mais que eu queira ver gente, na maioria das vezes eu evito; fujo, me escondo, finjo que não existo. Acho que estou com transtorno bipolar. Uma hora está tudo muito lindo e depois vai agua abaixo. Para alguns minha vida é um livro aberto, para outros sou uma incognita. Precisava dormir, sonhar e só acordar quando toda essa tempestade de verão acabar. Me lembrei dos contos de fadas, em que a princesa passava 100 anos dormindo a espera de que seu principe encantado chegasse num cavalo branco. Cem anos de sono conservariam sua beleza e juventude. Se fosse assim... 
Minha vida não é um conto de fadas; não tem madrasta má, anões, ogros, muito menos fada madrinha e poções do amor. Nem meu principe vai chegar num cavalo branco - isso se chegar. Mas considerando que chegue; é bem provavel que apareça num dia comum, de moletom, jeans e tenis sujo. Considerando o fato de eu ser desastrada; talvez pise nele no metro, derrame bebida na sua camisa em um bar ou simplesmente o atropele quando ele vier na bicicleta - sim, tenho o péssimo hábito de atropelar ciclistas. Considerando ainda que sou muito desatenta para essas coisas, é bem provavel que eu nem olhe para ele. O ultimo só aconteceu porque ele me encontrou (coincidentemente, pois sua intensão não era a mim, que fique claro), caso contrário, eu nunca teria notado sua existência. Mas se continuar me escondendo assim, talvez ninguém mais me ache.
Agora por exemplo; estou bem longe de casa, sentada num canto isolado olhando ao redor tentando me concentrar n'O Andar do Bêbado, mesmo que tudo esteja mais para Ilha do Medo. Observo de longe o vento bater na copa dos coqueiros. O céu está parcialmente limpo e as poucas nuvens cinza trarão chuva mais tarde. Sentada aqui com algumas besteiras e minha garrafa de cerveja quase vazia (mas tudo bem, tem mais), fico pensando: Se tudo estivesse nos eixos e meu trem não tivesse descarrilhado, eu estaria aqui hoje, bebendo?
Eu devia parar de beber, eu preciso parar. Mas no momento é a melhor compania para inebriar a mente; fria, silenciosa e amarga. A única que não me dá ordens ou algo do tipo. Ordens... tenho pensado muito no meu Hommer, muito mesmo. Duvido que ele aprovaria tudo que eu tenho feito ultimamente, o que faço desde quando ele se foi. Incrivel que algumas coisas, querendo ou não, foi ele quem me ensinou. Mas como eu sinto falta! A única pessoa que me fazia andar na linha com um simples olhar... 
Mas isso não é sobre ele, é sobre mim. Acho que este é o post mais sincero de todos, o mais "de peito aberto". Sentei e comecei a escrever, e mesmo publicando horas depois o sentimento ainda é o mesmo. Pelo menos ainda consigo escrever com o coração.
Estava pensando; será que serei uma boa jornalista? O Sr. Moretti costumava dizer que a maioria encontrava inspiração no meio da noite, em frente ao computador, com uma xícara de café, um cigarro e silêncio. Eu sou tão diferente; preciso de papel e caneta, luz do dia, uma cerveja, chocolate e boa musica (agora estou ouvindo Smiths). 
Depois de ler e ver Marley & Eu, comecei a achar que tenho futuro para colunista, não sei. Era fã de politica no colegial mas agora nem tanto. Tenho lido muito sobre História. De repente todos os meus amigos querem ser historiadores e estou pegando um pouco da febre. Mas gosto mesmo do cotidiano, analisar fato a fato e as opiniões um a um. E claro, esporte!
Enfim, estou inspirada demais hoje e não vou terminar de maneira poética. Apenas com o trecho de uma musica que tocou na minha cabeça o dia todo, mesmo que eu não a escute muito ultimamente, e só Deus (ou não só Ele) sabe o porque.

"Parece que isso não é novidade, e que não tenha sido por um tempo, Você acorda no outro lado , e tenta forçar um sorriso, O conto de fadas dentro de sua cabeça, se tornou seu novo melhor amigo, Mas posso assegurar-lhe, que eu vou estar lá antes que a história termine."  (Every Breath - Boyce Avenue)

E o aprendizado do dia foi: "Não há causa perdida." 
 
 

15 de janeiro de 2011

Butterfly



Mais uma vez eu me peguei perdida em pensamentos que não são mais meus.
Me perguntando se houve algum momento em que eu deixei minha luz escapar, ou passei o brilho para outro. Enfim, são aquelas coisas que nunca temos respostas. Do mesmo modo que eu não entendo como uma criança pode sentir o que se passa no coração de alguem com um simples olhar. 
Estou com as minhas meninas essa semana; passo os dias assistindo desenho animado, fazendo cabelo em bonecas, desenhando no final da tarde e cuidando pra que elas fiquem felizes. Criei minha trilha sonora na base de voz e violão para que elas não insistam em escutar Justin Bieber (e já aprenderam a cantar Jason Mraz). Me sinto uma irmã mais velha brincando de mãe. Cuidando, colocando pra dormir, fazendo cócegas e as vendo sorrir. Sei lá, essa vida tá me fazendo bem.
E no meio disso eu percebi que tem algo nelas - algo que nós mais crescidinhos já não sentimos mais -, uma sensibilidade além do comum. Como se elas vissem através de mim, e entendesse mais do que eu mesma o que se passa na minha cabeça, no meu coração. É estranho; um dia desses me trouxeram o desenho de uma familia que significou muito mais do que um simples "rabisco". E estão sempre me vendo como uma borboleta. Pra mim, isso simboliza o meu desejo de liberdade, de voar e encontrar outros caminhos, mesmo que essa aventura não dure muito tempo.
Não sei, talvez eu esteja vendo demais onde há apenas a inocencia de uma criança. Talvez não. Mas tudo isso me faz querer ser mais do que eu sou, me faz ver as coisas de uma maneira simples. A resposta pra tudo está escondida nos pequenos detalhes da vida. Meus detalhes estão cada vez maiores, e as perguntas cada vez mais sem sentido. E acho que talvez seja mesmo a hora de voar pra longe, me perder, me achar. E sozinha, pois a unica pessoa que pode me entender sou eu mesma. 

10 de janeiro de 2011

Esses ultimos dias...



Estive muito ausente, sem saber o que expressar aqui. Talvez eu esteja perdendo minha inspiração ja que "há dias estou bem" como disse o Renan. Talvez eu tenha achado inspiração em outras coisas... Nunca sei. 
Esses ultimos dias têm sido muito mais meus do que os outros, tenho vivido muito mais nesses dias do que nos ultimos meses. Estava com saudade de toda essa agitação e alegria que sempre rodeou a minha vida; esse quê de desafio e surpresa, essa "magia" que me permite acreditar que tudo é possivel.  
Percebi que alguns passaros não servem para viver em gaiolas, eles precisam voar para descobrir novos ares. Percebi que nenhuma dor é eterna. Aprendi a esperar pelo que quer que seja, mas também sem desviar dos meus objetivos. Não vou dizer que "encontrei a minha paz". Raro aquele que vive sem preocupações, por mais míninas que sejam como a conta de luz. Não, ainda tenho coisas que me preocupam. Ainda tenho minhas crises existencias as vezes, aqueles momentos de duvida que todos temos. E alguns problemas, claro. Problemas remediaveis, ou contornáveis. Mas seja o que for, eu não estou sozinha. 
Por isso, tenha sempre uma dúzia de amigos disponiveis para quando a maré subir, assim não tem como se afogar. E claro, alguma compania nas noites chuvosas nunca é pedir demais. Nesses ultimos dias, tenho aprendido muito mais sobre a vida do que nos ultimos anos, tenho me descoberto mais... deve ser o famoso "amadurecimento", não sei. Tenho pessoas do meu lado para me mostrar como será daqui pra frente. E alguem me olhou esses dias e disse: "Você é muito mais do que pensa". É, eu sou muito mais do que penso. Apesar de negar na maioria das vezes eu sei que é assim. 
Nesses ultimos dias estou cumprindo minhas metas, fazendo o que eu sei de melhor: vivendo. 



 - Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso as é vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'.

(Caio Fernando Abreu)
 

1 de janeiro de 2011

Nada muda... ♫

Tudo está quieto no dia de ano novo
Um mundo em branco está em andamento
Eu quero estar com você noite e dia
Nada muda no dia de ano novo

Eu... estarei com você de novo

Sob um céu vermelho-sangue,
Uma multidão se agrupou em preto e branco
Braços entrelaçados, entre os poucos escolhidos
Os jornais dizem
Dizem que é verdade
E nós podemos romper
Partido em dois
Podemos ser um só

Eu começarei de novo

Oh, talvez a hora esteja certa
Oh, talvez essa noite
Eu estarei com você de novo

E então nós fomos mencionados nessa era dourada
E ouro é a razão para as guerras que nós combatemos
Ainda que eu queira estar com você
Estar com você noite e dia
Nada muda
No dia de ano novo