14 de fevereiro de 2011

Hommer

Ele era o meu Hommer. 
Tomava cerveja as 8 da manhã, onde encostava já dormia, reclamava de tudo, ria de tudo, era amigo de todos. Meu Hommer fazia de tudo que para que fosse uma garotinha perfeita. Pegava no pé, me fazia andar na linha, era ótimo em sermões sobre como a vida é muito mais complicada do que parece... Foi ele quem me fez ouvir Johnny Rivers e Kenny G. Que me fazia comer coisas que eu odiava - mas com ele eu comia. Ele que me mostrou que tudo é possivel, desde que eu acredite fielmente que seja. Também foi ele quem me fez ser "sociavel" com Deus e o mundo. E devo toodas as minhas amizades acidentais, porém muito bem sucedidas, a ele.
Inestimável é o tamanho da saudade que eu sinto. Da voz, do sorriso, do perfume, ou simplesmente quando ele me deixava sentar no seu colo e ouvir histórias. Bons tempos... Não há um dia que eu não sinta sua falta, que eu não me pegue perdida em pensamentos que me levem até ele e uma lágrima escorre involuntáriamente. Ou simplesmente aqueles dias em que tudo está perfeito, mas não tão perfeito porque ele não está lá, e nem vai estar... Mesmo que ele reclamasse e puxasse minha orelha quando alguma coisa saía do controle, ele era meu Hommer, só meu. E não há nada nem ninguém nesse mundo que mude isso e nem tape o buraco que ele deixou aqui.  

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