4 de março de 2011

Ultimato


Existe alguma tensão no ar que nos últimos dias fez meus nervos ficarem a flor da pele. Comigo mesma e com todo mundo. O único momento de paz era sozinha no meu quarto com as músicas que nem tem tanto significado, filmes sangrentos ou dramáticos demais e meu chocolate que me deixa cada vez mais redonda. Não sei... estou me sentindo meio velha, estressada, nervosa demais, depressiva demais, nerd demais, sóbria demais... Tudo eu protesto, tudo eu reclamo, tudo está ruim. E acho que essa postagem é meio que um envergonhado pedido de desculpa para todo mundo que tem sofrido as consequências da minha existência essa semana.
Algo me diz que há meses minha cabeça num sabe o que é ficar vazia, pois quando um problema se vai, aparece outro. E nos meus poucos momentos de felicidade eu quero fazer mil coisas ao mesmo tempo, de plantar uma àrvore a "dispirocar na noite" como diria minha avó. Mas então a vozinha na minha mente, que tem sido minha melhor amiga, me diz: "Relaxa mulher, tudo vai acabar bem se começar bem." Começo tudo de novo e sem nunca chegar no final, eu tenho seguido, agora sim, aos tropeços...
O que me conforta é saber que tem uma esteira me esperando à beira mar. Longe de tudo que tem me irritado, de todos que eu tenho irritado, longe até mesmo de mim; desse meu lado que me incomoda. Esse meu eu que não me pertence, que não deveria se manifestar nunca. 
É Carnaval, tem muita gente pegando a estrada para dançar, se divertir, beber e transar com o primeiro que aparecer. Eu que nunca fui muito fã disso tudo, estou fugindo dessa bagunça: ao invés de transloucar, vou buscar minha sanidade, trazê-la de volta com segurança e tratar de não perder mais. Vou relaxar, deixar para trás toda essa ansiedade, esses conflitos... Ou simplesmente estou fugindo para largar tudo isso pelo caminho, sem ter que me lembrar exatamente onde eu deixei, para não cair na tentação de resgatar tudo em breve. Agora, está mais do que na hora de por um fim em todas essas bichices e frescuras que se apoderaram do meu ser. E quando voltar, tudo estará de volta ao seu lugar, de onde não deveria ter saído.


Até breve !

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